http://globoesporte.globo.com/futebol/mundial-sub-20/noticia/2015/06/jean-elogia-preparador-e-diz-que-estava-convicto-para-pegar-penalti.html

Quando Raphael Guzzo caminhou para bater o pênalti na disputa contra o Brasil, nas quartas de final do Mundial Sub-20, o goleiro Jean já sabia onde o jogador de Portugal iria chutar. O arqueiro ainda se movimentou, fingiu ir para um canto, mas a bola foi exatamente no lugar em que ele esperava: no meio do gol. A defesa foi ainda mais fácil porque a batida veio fraca. Mas o mérito foi do brasileiro, assim como da comissão técnica.

Por trás do comportamento de Jean, estava Rogério Maia. Preparador de goleiros da seleção, presente no título mundial em 2011, ele foi o responsável por mapear as batidas dos portugueses e auxiliar o arqueiro. O mesmo havia acontecido no triunfo sobre o Uruguai, que também veio nas penalidades.

– O Maia nos tranquiliza, nos ensina a cada dia. Ele nos passa os pênaltis antes da partida, procura bastante. Durante a disputa, ele nos tranquiliza, diz o que fazer. Está dando tudo certo – contou Jean.

Contra a Celeste, o goleiro do Bahia não defendeu chute algum: a cobrança de Amaral foi por cima. No duelo com Portugal, o goleiro segurou a finalização de Raphael Guzzo num momento importante – Lucão havia acabado de desperdiçar, e os lusos poderiam passar à frente. Depois, André Silva e Nuno Santos ainda chutaram para fora.

– Eu já sabia que ele (Guzzo) ia bater no meio. Tinham nos passado vídeo, e ele tinha batido três pênaltis, todos no meio. Eu já estava convicto de que ele ia bater no meio. Só apontei para o lado para blefar com ele, para ele ter mais certeza ainda de bater no meio – revelou Jean, após a partida.

O próprio Guzzo confirmou a pesquisa dos brasileiros. Na zona mista, contou que tem o costume de chutar seus pênaltis no meio. Pelo menos até a defesa de Jean. Agora, cogita mudar seu estilo.

– Eu já tinha batido muitos pênaltis nesta temporada, e a grande parte deles no meio. Infelizmente, não consegui marcar. O goleiro esperou até o fim. Não podia chutar muito com força, porque ele podia pegar com o pé. Tentei tirar um pouco de força, mas ele esperou. Se calhar, não vou voltar a bater pênaltis no meio – disse o volante de Portugal.

 

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